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Postado 7 de agosto de 2013

Região Nordeste receberá 372 médicos do “Mais Médicos”

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O
número de profissionais brasileiros selecionados para o Mais Médicos
atende a apenas 6% da demanda dos municípios que se inscreveram no
programa. A partir de agora, serão selecionados os médicos formados no
exterior.

Dos 16.530 profissionais com diploma brasileiro ou
revalidado preliminarmente inscritos no Programa Mais Médicos, 938
confirmaram a participação. Os municípios apontaram a necessidade de
15.460 médicos. Os profissionais vão atender a regiões carentes de 404 municípios.

Durante a apresentação dos dados, o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, trouxe a possibilidade de propor parcerias com universidades
estrangeiras e com outros países. “Tendo o quadro da distribuição, onde
se concentra a carência, fica mais factível para o Ministério da Saúde
buscar parcerias com países e universidades”, disse o ministro.
Atualmente, só são aceitas inscrições individuais de médicos formados
fora do país.
Em uma tentativa de aumentar o número de
confirmações, o Ministério da Saúde prorrogou até a próxima quinta-feira
(8) à meia-noite o prazo para a homologação e escolha de municípios
para os inscritos com diploma brasileiro. Para o presidente da Frente
Nacional dos Prefeitos, José Fortunati, houve “fraude” nas inscrições.
“Mais de 14 mil médicos fraudaram a inscrição”, disse. 
O
ministério recebeu denúncias de que grupos estavam se organizando para
boicotar o programa e pediu que a Polícia Federal investigasse o caso.
Mais de 6 mil inscritos deixaram o número do registro profissional em
branco. Outros 171 colocaram traços ou zeros nos espaços e muitos
colocaram números inconsistentes.
Quase 50% dos médicos
inscritos concluíram a graduação entre 2011 e 2013. Mais de 70% dos
profissionais se formaram nos últimos dez anos. Os profissionais começam
a trabalhar em setembro. Ao todo, 51% dos profissionais vão atender em
periferias de capitais e de regiões metropolitanas. Os demais vão atuar
em municípios do interior de alta vulnerabilidade social.
Pouco
mais de 47% dos profissionais têm entre 23 e 30 anos, 25,48% estão na
faixa de 31 a 40 anos. Médicos com mais de 41 anos somam 27,24% dos
inscritos. Os homens somam pouco mais de 58% dos médicos inscritos.
Dos 404 municípios que vão receber médicos, 213 estão em regiões com
20% ou mais de sua população em situação de extrema pobreza, 111 em
regiões metropolitanas, 24 são capitais. Foram atendidos ainda 16
distritos sanitários indígenas (Dsei). Mais de 2 mil municípios não
atraíram o interesse dos profissionais, 782 em regiões prioritárias.
A Região Nordeste é a que vai receber um maior número de profissionais,
serão 372 direcionados a 203 cidades e um Dsei. Em seguida vem o
Sudeste, com 216 médicos para atender a 77 municípios. Em terceiro lugar
ficou a Região Norte, com 144 médicos em 49 municípios e 14 Dseis. 
A Região Sul vai receber 107 médicos em 53 municípios, e a Região
Centro-Oeste vai contar com 99 médicos em 22 municípios e um Dsei. O
Ceará, com 91 médicos, é o estado que mais vai receber médicos na
primeira etapa, em seguida vem a Bahia, com 85, Goiás, com 70 e Minas
Gerais, com 74.
Apenas 11% dos municípios que aderiram ao Mais
Médicos vão receber profissionais nesta etapa. A demanda atendida na
Região Norte é 8,1%, no Nordeste, 7,7%. Sul e Sudeste tiveram cerca de
4% e Centro-Oeste terá 9% da sua demanda atendida
Os municípios
têm até 25 de agosto para indicar ao Ministério da Saúde como será
feito o deslocamento do profissional e qual será a moradia oferecida ou
se vai optar por pagar auxílio-moradia. Além de ajuda de custo, para
compensar eventuais despesas de instalação, o médico receberá também
auxílio do município para alimentação.
Os 1.920 médicos com
diploma estrangeiro que também se inscreveram têm até a quinta-feira (8)
para completar o cadastro. Dia 15 de agosto o programa vai abrir uma
nova etapa de inscrições para municípios e médicos.
Lançado dia
8 de julho, por medida provisória, o Programa Mais Médicos tem como uma
das metas levar profissionais para atuar durante três anos na atenção
básica à saúde em regiões pobres do Brasil, dando prioridade a médicos
formados no Brasil. A medida tem sido criticada por entidades de classe,
sobretudo pelo fato de o programa não exigir a revalidação do diploma
de médicos formados fora do país.
*Da redação do Jornal da Saúde com informações da Agência Brasil.