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Postado 23 de novembro de 2016

Ministério da Saúde lança Capítulo “Violência Contra Mulher” nesta quinta-feira em Natal

Por Ascom Cosems-RN

A violência contra a mulher constitui um importante problema de saúde pública no Brasil. É um grande problema de violação de direitos, implicando na definição e adoção de políticas públicas de saúde voltadas especificamente à vigilância, à promoção da saúde da mulher, à recuperação da saúde com atendimento integral e à prevenção de novos agravos. Segundo dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) – componente contínuo da Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) – as mulheres são as principais vítimas notificadas de violência (162.575), representando 67,1% dos casos no ano de 2015.

Diante desse contexto, o Ministério da Saúde lança nesta quinta-feira (24), em Natal, o capítulo Violência Contra Mulher: O Desafio de articulação da vigilância com a rede de atenção e proteção, Saúde Brasil – 2015, às 14h30min, no Serhs Natal Grand Hotel, um estudo descritivo das Notificações de Violência Interpessoal e Autoprovocada e do linkage dos bancos do Sistema de Informações sobre Mortalidade e Sistema de Informação de Agravos de Notificação; descrevendo o perfil de morbimortalidade da violência contra a mulher, analisando se as vítimas de violência notificadas apresentam taxas de mortalidade por causas violentas mais elevadas do que a população feminina geral, visando, assim, compreender os principais desafios para o SUS no enfrentamento da violência contra a mulher.

Durante o lançamento, também será realizado o “Encontro sobre a qualidade da definição das causas de morte no Brasil”. O evento é voltado para profissionais de saúde, demais representantes de instituições/órgãos que compõem a rede de atenção e proteção à mulher (Conselho de Direito; Defensoria Pública; Ministério Público; Secretaria de Segurança Pública; Juizado Especializado; Secretaria de Políticas para as Mulheres; dentre outros) e sociedade civil.

ESTUDO

O estudo revelou que, quando comparadas as taxas de mortalidade de vítimas de violência notificadas com as taxas de mortalidade geral para o sexo feminino, observou-se que em todos os casos, as vítimas de violência notificadas tiveram maiores taxas de mortalidade. No período de 2011 a 2015, a taxa média de feminicídio foi de 4,5 óbitos por 100.000 mulheres da população geral, enquanto que nas vítimas que foram notificadas por qualquer forma de violência, registrou-se 91,6 (por 100.000 mulheres) de taxa, sendo o risco de feminicídio 20,4 vezes maior. O grande número de mulheres que sofreram e foram notificadas por violência e que vieram a morrer por causas violentas sugere que as redes de atenção e proteção precisam ser fortalecidas e ampliadas.

ASSESSORIA DE IMPRENSA SMS NATAL