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Postado 26 de fevereiro de 2014

Ministério da Saúde lança campanha de prevenção às DST`s e Aids para o Carnaval 2014

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Deu no Portal da Saúde – A campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e
aids do carnaval deste ano – que começou a ser veiculada ontem, terça-feira (25) – será estendida a todos os grandes eventos e festas
populares, como São João e a Copa do Mundo. Com o slogan “Se tem festa,
festaço ou festinha, tem que ter camisinha”, a mobilização pretende
alertar para a prevenção nos momentos de divertimento. A campanha, que é
dirigida à população em geral – na faixa etária de 15 a 49 anos – foi
apresentada nesta terça-feira (25) pelo ministro da Saúde, Arthur
Chioro, em Brasília.

O estímulo ao uso do preservativo durante as festas realizadas
anualmente em todo o Brasil é um dos focos da campanha. São dois filmes:
o primeiro fala de festas, mas não se restringe ao carnaval e será
usado durante todo o ano. Este filme mostra imagens com os principais
eventos que irão acontecer nas mais diversas regiões do Brasil, como a
Copa do Mundo, o carnaval, festas juninas, parada gay, entre outros. O
segundo filme é sobre o personagem Juca, que apresenta situações
divertidas para todos os tipos de festas e ocasiões, com enfoque no uso
da camisinha.

“Estamos reforçando a ideia de que a prevenção deve ser feita durante
todo o ano, e não apenas no carnaval. Além disso, reafirmamos a
necessidade de trabalhar com todos os grupos da sociedade, independente 
de faixa etária ou gênero, ou seja, o alvo é população brasileira
sexualmente ativa”, afirmou o ministro ao apresentar a campanha.

Segundo o ministro, além de chamar a atenção para o uso do
preservativo, a campanha alerta sobre a importância da testagem. “O
diagnóstico precoce da aids tem uma dimensão individual ao permitir o
início do tratamento mais cedo, garantindo maior qualidade de vida ao
paciente. A testagem também tem uma importância coletiva,  já que o uso
dos medicamentos antirretrovirais interrompe a cadeia de transmissão do
vírus”, ressaltou o ministro.

A ideia é dar continuidade às ações nas festas regionais. A meta é
reafirmar a mensagem da campanha, “de que não importa a festa, tem que
usar camisinha durante todo o ano”. A campanha conta ainda com anúncios
em outdoor, taxidoor, abrigos de ônibus e blimps, com o tema principal e
as frases de apoio: “Proteja-se. Use sempre a camisinha” e “Faça o
teste de aids, sífilis e hepatites virais”. Cinco jingles de rádio
também estão sendo veiculados, nos ritmos pop, axé, sertanejo, e
carnaval. O Ministério da Saúde também confeccionou a arte gráfica para
cartazes, folhetos, folderes, bandanas, mobiliário urbano, porta-trecos,
todos disponíveis no site do Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais para serem reproduzidos por estados e municípios.

Serão realizadas campanhas regionais em todo o país, organizadas
pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. Em cidades de maior
concentração de pessoas – como o Rio de Janeiro, Salvador, Recife e
Olinda – estão previstas ações, com a distribuição de folhetos,
acompanhados de porta-camisinhas, bandanas, camisetas e preservativos.
Nestas cidades haverá ainda mobiliário urbano em locais de festas, com
Blimp e balão show.

“O Brasil faz campanha de prevenção durante todo o ano, sempre em
parceria com as secretarias municipais de saúde, organizações da
sociedade civil e instituições da sociedade civil. Neste carnaval,
estamos privilegiando os momentos de festas”, explica o secretário de
Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. O
secretário também ressaltou a importância do diagnóstico precoce.
“Qualquer pessoa que tiver vida sexual ativa deve fazer o teste. Desde o
ano passado o protocolo para adultos, adotado pelo Brasil, já indica o
início imediato do tratamento para as pessoas que descobrirem ser
soropositivas”, observa Jarbas Barbosa.

Uma das ações do Ministério da Saúde para reforçar a prevenção é a
distribuição de preservativos aos estados e municípios. Na primeira
remessa deste ano, foram enviados 104 milhões de unidades para atender a
demanda até o mês de março. O quantitativo é definido a partir do
consumo médio mensal, da capacidade de armazenagem e do estoque do
almoxarifado local nos estados. Em 2013, durante todo o ano, o
Ministério da Saúde distribuiu 610 milhões de preservativos para todo o
país.

TESTAGEM – Um das mais bem sucedidas estratégias do
Ministério da Saúde no combate à epidemia é o Fique Sabendo, ação
direcionada à ampliação do diagnóstico precoce da população. Lançados em
2005, os testes são oferecidos em Unidades Básicas de Saúde, Centros de
Testagem e Aconselhamento (CTA), ambulatórios ou em locais como praças,
feiras e eventos específicos como festas e shows.

Nestas ações são utilizados testes rápidos, que fica pronto em cerca
de 30 minutos, sendo necessária apenas uma gota de sangue. Os testes
rápidos começaram a ser utilizados, em larga escala em 2005, quando
foram distribuídos 509 mil unidades em todo o país. Em oito anos, a
oferta cresceu 800%, com 4,7 milhões de testes distribuídos em 2013. O
diagnóstico precoce é importante para quebrar a cadeia de transmissão do
vírus e promover o acompanhamento do paciente, evitando o
desenvolvimento de aids, além de permitir que o paciente inicie o
tratamento mais cedo.   

CENÁRIO DA INFECÇÃO – A epidemia de aids no Brasil
está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20 casos de aids a
cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da
doença ao ano. Estimativas indicam que, atualmente, cerca de 718 mil
pessoas vivam com HIV, sendo que 150 mil desconhecem sua situação. O não
conhecimento da sorologia é hoje um dos desafios a serem enfrentados no
combate à doença no país. Atualmente, estão em tratamento com
medicamentos antirretrovirais, ofertados pelo SUS, cerca de 340 mil
pessoas.       

O coeficiente de mortalidade por aids vem caindo no Brasil nos
últimos 10 anos. Em 2003, era de 6,4 casos por cada 100 mil habitantes,
caindo para 5,5 por 100 mil habitantes em 2012. Do total de óbitos por
aids no Brasil, até o ano passado, 190.215 (71,6%) ocorreram entre
homens e 75.371 (28,4%) entre mulheres.

NOVO PROTOCOLO – O Ministério da Saúde lançou, no
final do ano passado, um novo protocolo de tratamento para pessoas com
HIV. Uma das principais inovações é possibilitar que o paciente inicie o
tratamento logo após a confirmação da presença do vírus no organismo. A
medida amplia a qualidade de vida da pessoa em tratamento e reduz a
possibilidade de transmissão do vírus. Estudos internacionais apontam
que o uso precoce de antirretrovirais diminui em 96% a taxa de
transmissão do HIV.

O investimento federal no combate à aids e às demais doenças
sexualmente transmissíveis chegou a R$ 1,2 bilhão em 2013, dos quais
cerca de R$ 770 milhões custeiam a oferta dos medicamentos. Há 10 anos, a
verba era quase metade disso: R$ 689 milhões, dos quais R$ 551 milhões
usados em tratamento. Além disso, a rede de assistência conta hoje com
518 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de
Assistência Especializada (SAE) e 724 Unidades de Distribuição de
Medicamentos  (UDM).

RIO GRANDE DO NORTE – O RN receberá em torno de 972 mil preservativos para serem distribuídos gratuitamente no período momesco.