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Postado 12 de agosto de 2014

Mesa dos brasileiros e brasileiras sob o olhar da Promoção da Saúde

Por

O Ministério da Saúde divulgou
hoje durante coletiva de imprensa em Brasília os resultados do monitoramento da
redução do sódio em alimentos processados. Um acordo de cooperação feito
em 2011 com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) prevê
o monitoramento para o uso de sódio em alimentos industrializados, estipulando
limites para seu uso. Em um ano, as indústrias alimentícias reduziram mais de
mil toneladas de sódio em três tipos de alimentos: pão de forma, bisnaguinhas e
massa instantânea. Esses alimentos representam uma primeira etapa da medida,
que pretende, em etapas subsequentes, abranger mais alimentos, tais como
salgadinhos de milho, biscoitos, bata frita, massas prontas de bolo, entre
outros.

 

Importante destacar que, do total
de sódio consumido pela população brasileira pesquisada, apenas 30% são
oriundos dos alimentos industrializados, o que significa dizer que os restantes
70% são acrescentados no momento da preparação e do consumo da alimentação dos brasileiros
pesquisados, que também apresentam alta tolerância ao uso elevado de sal em sua
comida. Esses dados foram divulgados pela pesquisa VIGITEL 2013 (Vigilância de
Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico),
que mostra ainda que metade dos brasileiros avaliam como adequada a
quantidade de sal consumida. Estima-se que o consumo médio por pessoa seja de
12 gramas por dia, o que representa mais do que o dobro recomendado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), que são 5 gramas por dia.

 

O acordo de redução de sódio,
assim como o incentivo à atividade física e a alimentação saudável, a prevenção
da obesidade infantil nas escolas, orientação sobre a importância de parar de
fumar e a expansão da assistência em doenças crônicas, integram o Plano de
Ações Estratégicas para Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT) do SUS (Sistema Único de Saúde). A iniciativa visa prevenir e reduzir as
mortes prematuras por diabetes, câncer, hipertensão (essa com causa relacionada
com o alto consumo de sódio) e outras doenças de aparelho circulatório e
respiratório.

 

Toda mudança de hábito é lenta e
gradativa, e o maior desafio dos trabalhadores da saúde é estimular a
necessidade desta tomada de decisão. Deste modo, o fortalecimento de sua
emancipação, autonomia e autodeterminação são peças chaves ao enfrentamento de
questões pessoais e culturais fortemente arraigadas, por exemplo, aos hábitos
alimentares. Portanto, quando o tema alimentação saudável é abordado pelos
trabalhadores da saúde, e neste sentido a redução do consumo do sal é parte
deste desafio, apenas a oferta de informações sobre os benefícios produzidos
por esta redução não é suficiente.

 

Todos os integrantes da equipe de
saúde devem oferecer apoio àqueles que desejam alcançar estas mudanças e
motivar àqueles que ainda não as alcançaram. Sendo assim, a abordagem sobre o
consumo reduzido de sal deve ser parte integrante de qualquer programa de
educação alimentar e nutricional promovido pelas secretarias municipais de saúde
que buscam promover a saúde e oferecer a oportunidade de adquirir hábitos de
vida mais saudáveis. 

 

Fonte: Portal do Conasems.