Com a participação da mais nova Presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Norte (Cosems/RN), Salete Cunha, ocorreu, nesta terça-feira (9), em Natal, no Hotel Praiamar, o 1º Fórum Estadual de Atenção Básica à Saúde. O evento contou com a presença de cerca de 200 pessoas, entre elas gestores e coordenadores que representam a saúde no Estado. Questões como a boa funcionalidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e o diálogo entre o Tripartite: município, Estado e União foram amplamente debatidos.
A mesa de diálogo contou com a participação de representantes da saúde pública no país, como a enviada do Departamento de Atenção Básica à Saúde de Mato Grosso do Sul, Márcia Leal, e a apoiadora institucional, também do estado do MS, Ana Cláudia. Aqui do Rio Grande do Norte participou o representante técnico do Núcleo de Saúde da Família (NEESF/Sesap), Hugo Cesar Novais Mota.
Além de apresentarem como está o cenário atual da Atenção Básica à Saúde dos municípios potiguares, eles divulgaram as propostas do Ministério da Saúde para o ano de 2013, elencando como principais desafios a serem vencidos no cotidiano da rede hospitalar e unidades de saúde a insuficiência de leitos, a acessibilidade para os pacientes e a falta de medicamentos. Mesmo diante das deficiências reveladas, os participantes puderam mostrar os avanços obtidos na saúde do RN num comparativo entre os primeiros meses de 2013 com o ano de 2012.
A Presidente do Cosems/RN, Salete Cunha, levantou a questão de déficit estrutural e financeiro nos municípios de maneira geral, ressaltando que em Bom Jesus, localizado no Agreste Potiguar, possui unidades de saúde que precisam urgentemente de reforma e legalização das terras onde as unidades foram construídas. “O muro está se desfazendo. Como se oferece uma saúde de qualidade se a qualquer momento a estrutura pode desabafar sobre todos nós?”, citou a Presidente que ainda alertou sobre a legalização dos terrenos.
Apoiada em coro pela grande maioria presente no Fórum, Salete Cunha se fez voz da opinião dos que estavam presentes, concluindo que a saúde necessita rapidamente de organização e reorganização além de ações, por parte não só dos gestores, mas, principalmente, do Ministério da Saúde.