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Postado 6 de junho de 2011

Cosems participa da construção da Rede Perinatal

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A presidenta do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Rio Grande do Norte (Cosems/RN), Solane Costa, participou na manhã desta segunda-feira (6) da abertura da Oficina para a Construção da Rede Perinatal na Sexta Região de Saúde.  O evento, que acontece no hotel Praiamar, em Ponta Negra, segue até a próxima quarta-feira (8), e tem como finalidade trabalhar uma construção do fluxo de serviços para formar uma rede capaz de atender todo o Rio Grande do Norte.

A sexta região abrange a cidade de Paus dos Ferros e foi escolhida pela Secretaria Estadual de Saúde Pública, para receber o projeto piloto, por apresentar pouca oferta de serviços, falta de leitos da UTI e unidades de partos, além de ser distante da capital e outras cidades com melhor qualidade de atendimento.

“Todos apoiaram a decisão da Sesap, pois sabemos das necessidades da sexta região. Uma vez que a rede for construída, os municípios vão trabalhar junto com o Estado e futuramente vão contar com apoio técnico e financeiro do governo. É nisso que o Cosems está acreditando. Queremos que o projeto chegue a todas as regiões”, disse a presidenta.

O diálogo sobre o tema foi aberto no último dia 2, quando a Assembleia Legislativa realizou uma audiência pública sobre o projeto “Nascer com Dignidade: Melhorando o Cuidado Materno-Infantil”. O evento contou com a participação de Solane Costa e de representantes também do Ministério Público.

 “Trabalhar as causas da mortalidade materno-infantil e as medidas que podem ser adotadas para evitar esses óbitos é de extrema importância para o Rio Grande do Norte. Temos que mudar essa realidade tão preocupante”, finalizou.
 
Saiba mais:
Informações obtidas pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Cidadania (CAOP Cidadania) revelam que mais de cinco mil mortes infantis poderiam ser evitadas. Um outro dado preocupante foi apresentado pela Promotoria de Defesa da Infância e da Juventude. Segundo o levantamento, a taxa de mortalidade materna no Estado vem crescendo nos últimos anos. Em 2006, eram 24,8 mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. Em 2007, o percentual foi para 27,2. Em 2008, subiu para 36,1 e em 2009 saltou para 52,7. O índice máximo admitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 20 mulheres para cada 100 mil nascidos vivos.

Em 2010, o RN conseguiu investigar 81,1% dos óbitos. A meta prevista pelo Ministério da Saúde era de 70%. O estado serve de modelo nacional, já que também conseguiu implantar Núcleos Hospitalares de Epidemiologia em 42 hospitais, públicos e particulares.