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Postado 9 de maio de 2016

Unidade Sentinela do Vigiar notifica 1.585 casos de agravos respiratórios em crianças de Natal

Por Ascom Cosems-RN

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Entre janeiro e abril deste ano, a Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluentes Atmosféricos (Vigiar) de Natal notificou 1.585 casos de agravos respiratórios em crianças de zero a cinco anos de idade em todo o município, de acordo com os dados do relatório quadrimestral divulgados pela Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador (Visamt), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O documento será apresentado às gerências dos distritos sanitários, rede de Atenção Básica e órgãos ambientais para as intervenções necessárias.

A zona Oeste de Natal registrou o maior número de casos, com 644 ocorrências, o equivalente a aproximadamente 41% das notificações, ficando os bairros de Felipe Camarão e Planalto com 157 e 156 casos, respectivamente. Em seguida, a zona Leste, com 32% dos casos (ou 505 notificações), sendo Mãe Luíza com 169 ocorrências e Alecrim e Rocas, com 80 registros cada.

A zona Norte ficou com 233 casos, onde Nossa Senhora da Apresentação teve 69 e Redinha e Pajuçara, 40 casos cada. Já a zona Sul apresentou o menor número de notificações (203), com Ponta Negra (73), Lagoa Nova e Neópolis, com 49 casos cada.

Segundo o chefe da Visamt, Marcílio Xavier, os próximos passos é apresentar o relatório às gerências dos cinco distritos sanitários de Natal, para conhecimento da problemática e os encaminhamentos juntos às unidades de Atenção Básica do município, para a identificação de fatores ambientais que estejam influenciando no adoecimento das crianças.

“Também nos reuniremos com órgãos ambientais do município para que estas possam estudar a situação e fazer as intervenções necessárias para a erradicação desses fatores. A princípio, intensificaremos as ações nos bairros que tiveram os maiores índices de notificações, mas nossa meta é atingir toda a cidade”.

POLUIÇÃO

A avaliação epidemiológica no município é possível graças à implantação da Unidade Sentinela do Vigiar, ocorrida entre outubro e novembro de 2015 e que foca na análise dos possíveis impactos à saúde de crianças menores de cinco anos de idade que apresentem sintomas respiratórios como dispneia, falta de ar, cansaço, sibilos, chiados no peito e tosse. Estes podem ou não estarem associados a outros sintomas e agravos como asma, bronquite e infecção respiratória aguda.

O coordenador do Vigiar Natal, João Igor Miranda, explicou que o aumento dos níveis de poluição atmosférica tem provocado o adoecimento das pessoas e que irritações e alergias, doenças respiratórias e câncer são exemplos de agravos que trazem impactos na qualidade de vida das pessoas. Ele disse ainda que as unidades sentinela exercem uma vigilância epidemiológica intensificada no município.

“Elas são unidades físicas e grupos de trabalho criados para realizar avaliação epidemiológica e consistem em uma resposta em escala amostral de uma dada realidade, permitindo a coleta de informações com sensibilidade para monitorar um certo universo de fenômenos”.

ASCOM DA SMS NATAL