Em meio a crise epidêmica de Sífilis, a Secretária Municipal de Saúde (SMS) de Natal, luta contra a infecção desde 2013, ano em que foi implantado o teste rápido, priorizando-o nas realizações de pré-natal, visto que há um grande problema em relação à sífilis congênita.
O problema pode acarretar sérios agravantes para o feto, como má formações, cegueira e, até mesmo, o aborto espontâneo durante a gravidez. Para evitar isso, a secretária focou seus esforços no diagnóstico precoce, disponibilizando, a partir de 2015, a realização do teste rápido HIV e sífilis em todas as unidades básicas de saúde, para todos os usuários que tenham interesse.
A SMS garante o tratamento por Bezetacil (tratamento mais indicado para a sífilis) em todas as maternidades e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do município. Há a perspectiva que no segundo semestre de 2017 a disponibilização do tratamento seja ampliado de maneira que todos os distritos sanitários possam contar com uma unidade de referência.
O teste rápido para Sífilis é um exame de triagem, diferente do HIV. O exame é realizado em todas as unidades básicas e baseado na cicatriz sorológica que a infecção pode deixar, sendo assim, é necessário também fazer o exame VDRL para que possa obter a certeza de que o paciente esteve ou não em contato com a bactéria.
A responsável técnica do núcleo de IST/AIDS e hepatites virais de Natal, Emilly Miranda, destaca ainda outro cuidado: “Em relação às gestantes, nós temos certa dificuldade, por causa dos seus parceiros, que pouquíssimas vezes realizam o tratamento. Não adianta a gestante fazer o tratamento e o parceiro não fazer, pois certamente ocorrerá a reinfecção”.
A Secretaria trabalha em prol de algumas populações de risco, quanto a isso, Emilly afirma: “Temos como principal prioridade as gestantes, seguido por pessoas em privação de liberdade, pessoas em situação de rua, LGBTs e profissionais de sexo. Realizamos, em parceria com ONGs e a iniciativa do consultório na rua trabalhos informativos e educacionais, visando um maior diálogo com esses públicos”.
No primeiro quadrimestre de 2017, foram realizados 2.559 testes rápidos de sífilis em gestantes, onde foram detectados 146 casos positivos e na população geral foram realizados 2.228 testes, sendo 168 casos confirmados.
ASSESSORIA DE IMPRENSA