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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o Conselho Municipal de Saúde (CMS) promoverão a 1ª Conferência Municipal de Saúde das Mulheres. O evento ocorrerá na UNI-RN nesta terça-feira (9) e se estenderá até a quarta-feira (10), a partir das 8h. A conferência contará com diversas palestras, mesas redondas e atividades, incluindo uma conferência ministrada pela professora Marly de Jesus Dias, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que abordará os desafios para a integralidade com equidade no cenário de crise econômica, politico, ético e democrática.
As conferências nacionais acontecem a cada quatro, e os temas são discutidos e reivindicados pelo Conselho Nacional de Saúde. Este ano, a temática escolhida foi a saúde das mulheres, tema que é cada vez mais abordado na sociedade e que anteriormente ainda não tinha sido discutido dentro das conferências. Entretanto, o desafio é trazer um diálogo que possa abranger a maior parte da população, principalmente aquela população que se encontra em situações adversas.
Ao longo do mês de abril, foram realizadas pré conferências distritais na cidade de Natal, uma em cada distrito sanitário, visando obter a participação popular. Além de expandir o público participativo, essas pré conferências deram enfoque, também, à diversidade, que contou com grande participação do público LGBT e negro.
A conferência tem como objetivo definir novas formas de política para a saúde da mulher, formando diretrizes para uma abordagem de saúde equitativa, integrativa, abordando o papel das mulheres dentro das mudanças políticas contemporâneas, que entenda a situação da mulher e possa focalizar a mulher nas suas individualidades. Ela faz o papel também de fiscalização, uma vez que discute sobre o que foi acordado nas reuniões anteriores, solidificando-a como essencial às políticas públicas.
“Nós estamos nos espaços e não somos ouvidas”, afirma Geolípia Jacinto, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Natal, enquanto falava sobre a situação das mulheres nos ambientes de discussões sobre o sistema de saúde e nos ambientes de discussões sociais e políticas, reafirmando a importância da expansão de consciência política que os dias de conferência trarão.
O evento vai contar com 64 delegados eleitos nas pré conferências, entre estes 80% será composto por mulheres, promovendo a visibilidade feminina. A Conferência serádividida em quatro eixos principais: O papel do estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres; o mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde da mulher; vulnerabilidades e equidade na vida e saúde das mulheres; políticas públicas para as mulheres e a participação social.
Quando perguntada sobre a importância do evento Geolípia afirma: “A ideia central é entender melhor a situação da mulher, visando promover um debate que possa ampliar a discussão dentro da sociedade”.
ASSESSORIA DE IMPRENSA