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Postado 26 de julho de 2013

Mossoró

Por

Título
da Experiência: Espaço da Palavra: Grupo de Apoio ao sujeito em
sofrimento psíquico.

Resumo do
projeto – (problema enfrentado; contextos social, sanitário e político;
estratégias de enfrentamento; critérios para busca de parcerias)

 

A atenção à Saúde Mental na rede básica é um
terreno alicerçado pelo processo histórico de consolidação do Sistema Único de
Saúde (ESF) e da reforma psiquiátrica. Com a implantação dos NASF’s destacou-se
a necessidade de acompanhamento desses usuários de Saúde Mental a partir da
Atenção Básica.É dever dos serviços de saúde acolher e intervir com dignidade o
usuário de Saúde Mental, destacando-os como sujeitos de direitos e com grande
potencial de autonomia.

É de extrema importância criar-se um espaço de troca de experiências e de
vivências entre os usuários como forma de fortalecer a identidade de cada
usuário. É um estude descritivo com abordagem qualitativa que tem como cenário
as Unidades Básicas de Saúde Dr. José Holanda Cavalcante e Vereador Lahyre Rosado.
O período analisado foi de setembro de 2012 até abril de 2013 e de janeiro a
abril de 2013 respectivamente em cada unidade. É importante a continuidade como
implementação da Política de Saúde Mental.

Objetivos
e metas da experiência desenvolvida

Criar um
espaço entre usuário e equipe a partir de uma relação dialógica e de uma escuta
qualificada;

Possibilitar
relatos e trocas de experiências efetivando uma mudança de atitude diante das
problemáticas diárias;

Intervir
na redução de danos, diminuindo o uso de psicotrópicos;

 

Fortalecer o vinculo afetivo comigo, com o outro
e com a totalidade.

Indicadores
disponíveis para caracterizar a situação inicial (ponto de partida)

 

Na UBS Vereador Lahyre Rosado tem um cadastro de
130 usuários de Saúde Mental e na UBS Dr. José Holanda Cavalcante tem um
cadastro de 88. O NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família do São Manoel ao
iniciar suas atividades nas Unidades Básicas de Saúde, deparou-se com uma
realidade inoperante no apoio ao usuário de Saúde Mental, pois os únicos
serviços disponíveis eram a consulta médica e a distribuição da medicação. Os
usuários que apresentavam um transtorno leve ou que tomavam medicação
psicotrópica sem um diagnóstico definido por um psiquiatra estavam
desassistidos no que se refere a uma escuta qualificada. Diante dessa situação,
criou-se o grupo como uma base de apoio para esses usuários.

Dinâmica
do funcionamento/estratégias do programa/projeto e recursos empregados
(materiais, financeiros, técnicos, tecnológicos)

O grupo
acontece semanalmente como forma de fortalecer o vinculo de confiança entre os
profissionais e os usuários, garantindo a freqüência e a permanência do usuário
no grupo. Tem como referencial teórico o Círculo de Cultura de Paulo Freire a
partir da palavra geradora, a Terapia Comunitária e a Biodança.

O grupo
inicia-se com uma vivência de respiração, depois a construção do diálogo com a
palavra geradora, em seguida uma pequena vivência para fortalecer o vinculo
afetivo e finaliza com a oferta de chá de erva cidreira ou camomila ou suco de
maracujá com capim santo. Nas duas unidades os responsáveis são o profissional
de Psicologia do NASF, 01 ACS de cada unidade e as Assistentes Sociais. Em cada
grupo já se formou uma matriz grupal onde em cada grupo oscila de 08 a 18
usuários participantes. 

 

Destacar
ações que contemplem a Intersetorialidade, Interdisciplinaridade e
matriciamento

 

A proposta do grupo é ser apoio para os usuários
possibilitando a participação dos outros profissionais
do NASF, bem como toda a equipe da Unidade Básica de Saúde. No decorrer do
desenvolvimento do grupo.

Formas de
Acompanhamento, Avaliação e Monitoramento desenvolvidas e/ou previstas

Ao
término de cada encontro os profissionais se reúnem e fazem uma pequena
avaliação de como é cada encontro para cada profissional. Mensalmente os
profissionais responsáveis pelo Grupo planejam as atividades do mês seguinte,
sabendo nós que desenvolver atividades com grupo pode possibilitar mudanças no
decorrer da aplicação das atividades. Os usuários já expressam satisfação com o
trabalho e mudanças de atitudes na vida pessoal, bem como o desejo de diminuir
a medicação psicotrópica. 

 

Resultados
e impacto obtido, com respectivos indicadores (comparados com a situação
inicial)

Ao
iniciar-se o trabalho nas unidades, começou-se com um pequeno número de
usuários interessados, mas o empenho das equipes bem como o desejo de alguns
usuários para que o grupo de efetivasse fortaleceu as ações e contemplou a
realização e a continuidade do grupo de apoio. Os usuários verbalizam o
comprometimento com o grupo como resultado real na vida de cada um. A inserção
da médica da unidade na disponibilidade em orientar o usuário na redução da
medicação.

 

Replicabilidade
(Busca verificar a aplicabilidade da experiência, ainda que de forma adaptada,
em outras localidades)

 

É uma experiência que está sendo disseminada nas
outras unidades de saúde onde o NASF do Alto São Manoel responde, adaptando a
cada realidade.

Continuidade
(Busca verificar as características de sustentabilidade e permanência da
prática ao longo do tempo)

É uma estratégia permanente do plano de trabalho
da equipe.