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Postado 27 de junho de 2013

Goianinha

Por

Projeto: Apoio Matricial aos Agentes Comunitários de
Saúde: Qualidade de vida x Qualidade no trabalho.

Apresentador do trabalho: Ângela
Gertrudes de Lima Souza Küng; Órgão responsável pela execução:
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF); Co-Autores: Ângela Gertrudes de Lima Souza Küng; Aquilles
Jafferson Philipe Rudsonn Rhakovysk Delano Zandoque de Oliveira Costa Melo;
Cynthia Jullianny Rocha da Silva Pessoa; Fabiana Soares Bezerra; Flávia Maria
Chaves Machado; Melissa de Oliveira Araújo; Rachel Morais Cordeiro.

Resumo do projeto

A
gestão da Secretaria de Saúde do município de Goianinha, vem trabalhando com
uma prática de saúde que previna, promova, proteja e reabilite o cidadão, de
forma integral. Para isso, tem se articulado com outras políticas sociais, no
intuito de garantir uma atenção à saúde de qualidade para seus munícipes.

Para
dar conta, da manutenção qualitativa da rede assistencial de saúde do município
e considerando que os agentes comunitários de saúde (ACS) são o elo entre a Estratégia
de Saúde da Família (ESF) e os usuários, observou-se que havia a necessidade de
implementar uma política que valorizasse suas potencialidades e os capacitassem
no sentido de avançar na política de saúde do município.

Nesse
sentido, por meio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), foi trabalhada
a proposta de matriciamento com esse grupo de profissionais da atenção básica. O apoio matricial em sua
prática é considerado como um aspecto novo no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS), e ainda pouco discutido em pesquisas na saúde coletiva. Considerado um suporte as equipes de
saúde da família, prioriza a dimensão do conceito da educação permanente,
favorecendo uma ação inter/transdisciplinar na construção do Projeto de Saúde da Família.

Logo, esse trabalho tem como objetivo
explanar como a formação de um grupo de agentes comunitários de saúde,
desenvolvido pelo município de Goiaininha/RN, pode intervir no ambiente de
trabalho como estratégia de promoção da saúde do município, priorizando a
qualidade de vida dessa categoria.

O grupo data de dezembro de 2010 e os
encontros são realizados mensalmente com duração média de 2 horas, iniciado com
uma roda de conversa, onde se discute as demandas dos participantes, tais como:
sentimentos, vivências e dificuldades cotidianas do trabalho desempenhado.

Durante os encontros o NASF busca
diversificar suas ações, para que se contemple o individuo em suas
subjetividades, assim são realizadas atividades corporais, como alongamento e/ou
relaxamento; seguido do tema planejado para o encontro, que poderá ser
dinâmicas de grupo, teatro, filmes, atividades manuais, entre outros.

A formação do grupo sinaliza a importância
do trabalho em equipe e oferece um espaço
de escuta qualificada, que vem construindo um elo de comprometimento e
motivação entre os agentes comunitários de saúde e os usuários da ESF,
proporcionando melhorias na qualidade das ações em saúde. Portanto fica claro,
que o apoio matricial é indissociável da educação continuada e permanente,
sendo indispensável para a consolidação do grupo enquanto proposta de
fortalecimento do projeto de saúde do município em questão.  

Objetivo

Oferecer espaço de escuta qualificada;
Oferecer ambiente descontraído e lúdico; Diminuir o estresse; Aumentar a motivação;
Melhorar a qualidade de vida no trabalho.

Meta

Satisfação no trabalho; Satisfação do
usuário; Menos estresse; Qualidade no desenvolvimento de suas ações; Aumento da
produtividade.

Indicadores
disponíveis para caracterizar a situação inicial (ponto de partida)

O surgimento do grupo nasceu da
necessidade de resolver problemas relativos ao desempenho de suas tarefas
diárias, da dificuldade de manter boas relações interpessoais, da ausência de
um espaço que proporcionasse uma escuta qualificada. Pois, o grupo se apresentava
com sentimento negativo em relação ao reconhecimento do seu trabalho, em
consequência uma baixo auto-estima.

A formação do grupo se deu através de
reuniões sistemáticas de sensibilização nas unidades básicas de saúde, onde
foram explanados propostas, objetivos e metodologias. A adesão aconteceu de
forma espontânea, crescente à medida que ações em grupo foram realizadas.

Dinâmica do funcionamento/estratégias
do programa/projeto e recursos empregados (materiais,
financeiros, técnicos, tecnológicos)

Ação: Dinâmicas
de Grupos.

Estratégia: Lúdicas;
Informativas; Participativas; Dialogadas (rodas de Conversa); Técnicas de
Relaxamento.

Recursos: Mantas; Data show; Músicas; Brinquedos; Material de alongamento e relaxamento; Material
de expediente.

 

 

Ação: Teatro.

Estratégia: Representações
da vida; Discussões; Análises crítica da realidade.

Recursos: Recursos humanos.

 

Ação: Filmes.

Estratégia: Debates;
Discussões.

Recursos: Computador; DVd’s; Data show; Tela de Projeção.

 

Ação: Atividades
Recreativas.

Estratégia: Passeios;
Atividades manuais; Desenhos; Datas comemorativas; Confraternizações.

Recursos: Transporte; Material de expediente; Materiais utilizados para atividades
manuais.

 

Ação: Estudo
de Casos.

Estratégia: Discussões
e encaminhamentos.

Recursos: Profissionais da área de saúde.

Destacar ações que
contemplem intersetorialidade, interdisciplinaridade e matriciamento

Os grupos são planejados pela equipe
multidisciplinar do NASF que envolve: Assistente Social; Educador Físico;
Fisioterapeutas; Nutricionista e Psicóloga. Cada um no seu saber contribui para
planejar e desenvolver as ações, que possuem caráter educativo contínuo e
permanente. Assim, as ações são estruturadas a partir do conhecimento das
demandas dos grupos, identificadas pelas equipes de ESF.

Há momentos que se identifica a necessidade de
outros profissionais serem inseridos no processo, para que aconteça uma gestão
compartilhada do cuidado à saúde.

“O apoio
matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pedagógico.
A dimensão assistencial é aquela que vai produzir ação clínica direta com os
usuários, e a ação técnico-pedagógica vai produzir ação de apoio educativo com
e para a equipe.” (Ministério da Saúde, 2010, p.12)

O
NASF seguindo o modelo de matriciamento, trabalha no processo de construção
compartilhada, através da proposta de intervenção pedagógico-terapêutica.

Formas
de Acompanhamento, Avaliação e Monitoramento desenvolvidas e/ou previstas

A avaliação é contínua e acontece ao término de cada
encontro com o próprio grupo, e nos momentos de planejamento mensal com a
equipe do NASF e a ESF.

Resultados
e impacto obtido, com respectivos indicadores

A
avaliação do impacto das ações é sistemática, acontece nas reuniões mensais, onde
se faz a revisão das metas e novos encaminhamentos. Até o momento, observa-se
que os participantes regulares relatam melhora em sua autoestima e autoconfiança,
sentido-se emocionalmente mais fortalecido e melhor articulado dentro da
equipe, com mais receptividade e comprometimento com o público alvo
(população), além de um melhor entendimento do seu papel enquanto agente
comunitário de saúde.

Replicabilidade

Foi
dado início ao processo de sistematização da experiência, para que venha a ser
reaplicável em outras situações, ou com outras categorias profissionais.
Formações de novos grupos utilizando a mesma metodologia estão sendo
solicitados pelos demais grupos da equipe.

Continuidade

A
formação do grupo se deu em dezembro de 2010, e vem acontecendo sem
interrupção. Existe uma aceitabilidade do programa pelo público-alvo, com constantes
adesões, devido os bons resultados alcançados.