O Centro de Controle de Zoonoses de Natal (CCZ) tem intensificado o trabalho de busca ativa nos bairros de Igapó, Potengi, Nossa Senhora da Apresentação e Pajuçara, todos na Zona Norte de Natal.
O procedimento de busca ativa foi adotado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em 2014, quando houve uma reformulação da metodologia de trabalho no CCZ. Antes desta data, o trabalho era pautado num manual que estabelecia que o agente deveria visitar as residências pelas quais era responsável seis vezes ao ano. Isso fazia com que cada residência fosse visitada uma vez a cada dois ou três meses, independente da atual situação do seu bairro ou área.
Com a mudança de metodologia, passou-se a exercer a chamada busca ativa. Este procedimento, por sua vez, tem como objetivo acompanhar a rotina das doenças, em sua dada velocidade, coisa que o antigo procedimento não conseguia.
“Hoje temos a capacidade de enviar equipes para debelar os vetores com muito mais eficiência. Usamos aplicativos, tabelas e juntamos as informações. Realizamos um trabalho muito mais dinâmico e ajustamos a rotina das equipes de acordo com as demandas de cada área” declarou André Nascimento, Chefe do Núcleo de Análise de Situação em Saúde do CCZ Natal.
A busca ativa é iniciada quando há notificações de casos que se encaixem nos indícios de arboviroses. As notificações ocorrem tanto por telefone quanto através do Sistema de Notificação de Agravo, um sistema nacional online, que é alimentado pelas unidades de saúde.
Após o recebimento da notificação, inicia-se a investigação, durante a qual se visita a residência do usuário que apresentou os sintomas, realizando exames e verificando a compatibilidade com as arboviroses existentes. Além da visita ao paciente, também é realizada uma busca, num raio de 50 a 300 metros, por pessoas que tenham ficado doentes nos último 5 a 18 dias.
Não apenas abarcando a questão da doença em si, também é observada pelas equipes a situação da área, investigando se há muitos fatores que possibilitem a proliferação de vetores, como pneus, caixas d’água abertas e acúmulo de lixo. Essas informações são todas repassadas para o Centro de Controle em Zoonoses, que então entra em contato com outras secretarias para a resolução das situações, como a Companhia de Serviços Urbanos (Urbana), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB) e a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR).
A busca ativa tem sido essencial para debelar os surtos e evitar epidemias no município do Natal. Para André, o trabalho de contenção tem sido muito mais eficiente desde que se tornou mais dinâmico.
ASSESSORIA DE IMPRENSA